Este ávido amor que me escapa,
arremesa e maltrata, ri de pirraça,
pelo já acordado sonho meu.
Decrépito e vencido, eu sigo aflito,
coração mal querido, carente e fingido,
dizendo que não sofreu.
Porque em suas mãos, entreguei a minha
vida, desprezo e malícia, foi o presente
que me deu.
Dormente de dor, permaneço na lida;
petulante atrevida sabes o quanto doeu?
Inutilmente, busco uma saída, quiçá,
a panacéia.
Se encontrasse, sem pestanejar a tomaria,
entornando-a por uma única via, pois o
bom velho sempre dizia: pior do que nunca
ter amado, é amar miseravelmente.
1 comment:
Muitooooooooo linda...
mesmoo que seja uma disilusão:P
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