Friday, May 12, 2006

DISILUSÃO VELADA

Este ávido amor que me escapa,
arremesa e maltrata, ri de pirraça,
pelo já acordado sonho meu.

Decrépito e vencido, eu sigo aflito,
coração mal querido, carente e fingido,
dizendo que não sofreu.

Porque em suas mãos, entreguei a minha
vida, desprezo e malícia, foi o presente
que me deu.

Dormente de dor, permaneço na lida;
petulante atrevida sabes o quanto doeu?

Inutilmente, busco uma saída, quiçá,
a panacéia.

Se encontrasse, sem pestanejar a tomaria,
entornando-a por uma única via, pois o
bom velho sempre dizia: pior do que nunca
ter amado, é amar miseravelmente.

1 comment:

Unknown said...

Muitooooooooo linda...
mesmoo que seja uma disilusão:P