Cale essa boca profana,
Que de todos reclama,
E a ninguém sabe amar.
As mãos bem fechadas,
A tua cara lavada,
Elas querem encontrar.
Errei, sei que errei,
E o meu erro, não posso mudar.
Mas ele não te dá o direito,
De ao meu respeito,
A todos mal falar.
Se, fazer-me mal, ainda insiste,
Saiba, isso não mudará a tua vida triste;
Senhor iluminai-a, para que não mais
Perca tempo com coisa que não existe.
Saturday, January 13, 2007
Friday, January 05, 2007
VIDA AFLITA
Os mortos se riem da gente.
Um espectro risonho falou-me:
Porque sofrer? A passagem
Não se sente.
-Não me deixe ir.
-Dizia Concita, à vida, aflita.
-Apesar dos muitos pesares,
Vivo feliz esta existência dorida.
-Todavia, parta contente.
Por certo, outros sofrerão
Mais a frente.
Surpresa, será o teu fim, mas, se
Não for assim, que, ao menos,
Tanto cá como lá, não reclames
De mim.
A vida já te finda a vida.
Então, despede-se e não
Te furtes de uma suicida partida.
Jaz sem, a ninguém, deixar saudade,
Insalubre criatura, morre cedo e já vai tarde.
De único consolo, terás a dormência;
A inexistência é a ausência
Completa de consciência.
Um espectro risonho falou-me:
Porque sofrer? A passagem
Não se sente.
-Não me deixe ir.
-Dizia Concita, à vida, aflita.
-Apesar dos muitos pesares,
Vivo feliz esta existência dorida.
-Todavia, parta contente.
Por certo, outros sofrerão
Mais a frente.
Surpresa, será o teu fim, mas, se
Não for assim, que, ao menos,
Tanto cá como lá, não reclames
De mim.
A vida já te finda a vida.
Então, despede-se e não
Te furtes de uma suicida partida.
Jaz sem, a ninguém, deixar saudade,
Insalubre criatura, morre cedo e já vai tarde.
De único consolo, terás a dormência;
A inexistência é a ausência
Completa de consciência.
Thursday, January 04, 2007
O TEMPO NÃO EXISTE SEM VOCÊ
O céu e a terra não nos cabem,
E o tempo já não pára,
Penso; concluo que não existo. Sangro, não sara.
Da vida, os homens nada sabem.
O amor só se torna antiquado,
Quando, em nós, ele não mais existe,
Se a mim diriges olhos tristes,
Mais tristes que os teus olhos é o meu presente-passado.
No futuro, me ponho a sonhar,
Beijá-lo, assim como aos teus lábios, nunca pude,
Festejam a esquivar-se de uma alma rude,
Que, aos dois, obstina-se a esperar.
A quem, o tempo, a eternidade negou,
Com migalhas foi acostumado,
Não pôde viver do passado,
Tampouco, no futuro tocou.
De migalha de tempo, lhe restou o presente,
(Desponta em seu rosto um sorriso indolente),
que sobeja com folga a quem tem um ideal.
Arrebatado por um sentimento inclemente,
Viver o agora, é te amar loucamente,
Sem se preocupar com o momento fatal.
E o tempo já não pára,
Penso; concluo que não existo. Sangro, não sara.
Da vida, os homens nada sabem.
O amor só se torna antiquado,
Quando, em nós, ele não mais existe,
Se a mim diriges olhos tristes,
Mais tristes que os teus olhos é o meu presente-passado.
No futuro, me ponho a sonhar,
Beijá-lo, assim como aos teus lábios, nunca pude,
Festejam a esquivar-se de uma alma rude,
Que, aos dois, obstina-se a esperar.
A quem, o tempo, a eternidade negou,
Com migalhas foi acostumado,
Não pôde viver do passado,
Tampouco, no futuro tocou.
De migalha de tempo, lhe restou o presente,
(Desponta em seu rosto um sorriso indolente),
que sobeja com folga a quem tem um ideal.
Arrebatado por um sentimento inclemente,
Viver o agora, é te amar loucamente,
Sem se preocupar com o momento fatal.
APENAS BEM, À VIDA, FAZ EM TEIMAR TE AMAR.
Agora vou gritar,
O que a falta tua me fez calar.
Dizem que algumas coisas não mudam,
Contudo, aqui dentro, tudo mudou.
Sendo como realmente sou,
Busco a felicidade que me faça sorrir.
Pior mal, fui eu que sofri.
É impossível a um ser amargurado,
Fazer, de outro, aventurado.
Mea culpa, mas não só minha; amputam-nos os sonhos,
Para as propagandas nos enxertarem outros planos.
Fizeram-nos desejar carro novo,
Moet & Chandon e roupa de grife.
Mas, na verdade, carecemos é de amizade,
Muitos graus de liberdade e, no nosso amor, ter fé.
O que estou a dizer é que,
Felicidade, não se encontra na TV.
Vamos à busca do amor, da vida, o principal;
E saber que, acessório, é superficial.
Há muito que confundem o meu desejo,
E o meu triste ensejo foi, de ti, me ausentar.
De empáfia me armei, errei, eu sei;
Pranto triste, o meu pecado, expiará.
Perceba-me; avarento, não mais sou.
O vento, de mim, o tormento soprou.
Apenas bem, à vida, faz em teimar te amar.
O que a falta tua me fez calar.
Dizem que algumas coisas não mudam,
Contudo, aqui dentro, tudo mudou.
Sendo como realmente sou,
Busco a felicidade que me faça sorrir.
Pior mal, fui eu que sofri.
É impossível a um ser amargurado,
Fazer, de outro, aventurado.
Mea culpa, mas não só minha; amputam-nos os sonhos,
Para as propagandas nos enxertarem outros planos.
Fizeram-nos desejar carro novo,
Moet & Chandon e roupa de grife.
Mas, na verdade, carecemos é de amizade,
Muitos graus de liberdade e, no nosso amor, ter fé.
O que estou a dizer é que,
Felicidade, não se encontra na TV.
Vamos à busca do amor, da vida, o principal;
E saber que, acessório, é superficial.
Há muito que confundem o meu desejo,
E o meu triste ensejo foi, de ti, me ausentar.
De empáfia me armei, errei, eu sei;
Pranto triste, o meu pecado, expiará.
Perceba-me; avarento, não mais sou.
O vento, de mim, o tormento soprou.
Apenas bem, à vida, faz em teimar te amar.
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