Thursday, May 18, 2006

SOPRO DE ESPERANÇA

Sopra-me o vento, e faz-me sentir o
prenúncio de novas possibilidades.

As lágrimas que inundavam os olhos
fartos de angústia, a brisa suave do teu
amor secou.

Assim, atiro-me em um furação de
sentimentos, como a criança que se
lança às cegas do trampolim.

Avisado estou que posso me machucar.
Deste perigo, tenho ciência, e aceito.

O que a minha razão e o meu sentimento
sofrem violentamente, é o medo de perdê
-la ou a impossibilidade de têla para mim.

Sei também que o sopro que te compôe,
nesse, eu não posso confiar, pois, embora
me envolva de forma cálida e protetora, o
salitre da ingratidão de que são feitas todas
as brisas, pode ferir de morte o meu coração.

Entretanto, inútil é a embarcação que não lanca,
aos ventos do oceano, as suas velas.
Embora o risco de rasgar, dilacerar ou destruir
o que me move esteja vivo, continuo avançando
entusiasmado a você.

Vejo que me cai melhor velejar em
situação tempestuosa, que ficar flutuando a
deriva no mar dos amargores.

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