Thursday, May 11, 2006

NASCER, CRESCER, PERDER-SE E,SÓ ENTÃO, MORRER.

Destino sem baliza, vida sem morada,
a janela da oportunidade apresenta-se fechada.

Beco sem saida, em uma existência arriscada,
a alegria já encontra-se adormecendo debruçada.

Ânimo desfalecio, pernas fraquejadas,
se a vida nega-me a morte já é esperada.

Situação incômoda, angústia desenfreada,
se minha presênça tornou-se um estorvo,
então regurgite esta companhia indesejada.

A um coração ignóbil, palavras, em vão são lançadas;
perdão, resignação, nada cura a alma dilacerada.

Entretanto, apesar dos pesares, não me furtarei do prazer
de na ninha lápide, exprimir-me por escrito que:
aqui, eu jazo.
Contudo, fui um homem em que a volúpia foi meu bom vício;
a paz, o meu princípio; e, viver, foi só amar.

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