De qual vil ventre mendigaste a luz?
Encerras pobreza, vagas desterrado,
Recusaste a vida, monstro torturado,
Deleita a morte suspenso a cruz.
A tua indigência, aos fracos seduz.
Tanta fraqueza é que te faz amado,
Quantas injustiças e ficaste calado,
Macabra imagem que ao povo conduz.
Ascende da humana sepultura;
Galga pelo céu, almeja cura.
Embalde: os homens são animalescas trevas.
Confio o meu ser aos vermes da terra.
Quem nega a carnal morada, erra.
Entrego-me ao mundo, lanço-me às feras.
Thursday, December 13, 2007
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